sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

VAI NASCER JESUS



É Natal! Acendam velas!
Todos os velas que o mundo tem,
sejam fogueiras nossos corações!
Vai nascer Jesus, Jesus Menino
e Ele tem frio, o Pequenino!

É Natal! Abram janelas!
Todas as janelas que o mundo tem,
sejam postigos nossos corações!
Vai nascer Jesus, Jesus Menino
e quer assomar-se, o Pequenino!

É Natal! Toquem os sinos!
Todos os sinos que o mundo tem,
sejam badalos nossos corações!
Vai nascer Jesus, Jesus Menino
e quer ouvir-nos, o Pequenino!

É Natal! Sirvam a ceia!
Que o mundo inteiro venha cear,
comunguem unidos nossos corações,
feitos de lumes, de janelas abertas,
de sinos tocando a repicar!

Unir às vossas, as minhas as mãos,
se eu pudesse! Oh... quem me dera!
E dizer a Jesus, Jesus Menino,
volta a nascer, meu Pequenino,
estamos todos, à Tua espera!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

TENHO UM ARCO-ÍRIS


Fixo os olhos, no sol, semicerrados,
perturba-me a retina tanta luz!...
Suspensa dos meus cílios, já molhados,
uma lágrima ingénua tremeluz!

Beija-a e dá-lhe, o Sol, tons irisados!
E por magia, um arco se produz!...
E os meus olhos, então maravilhados,
à própria maravilha fazem jus!

Que alegria! Que orgulho tão profundo!
Eu sou a mais feliz, em todo o mundo,
tenho um tesouro, já sou rica, enfim!...


Possuo jóias de cores cintilantes,
suspensas dos meus olhos delirantes!
E tenho um arco-íris só p’ra mim!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

É PARA TI


E para ti que escrevo neste Natal...
Tu que não tens Natal...
Tu que tens prendas, lareira, luzes...
Tudo... Tudo...
Mas não tens Natal...
Não tens, nem aquele Natal do pobre,
a quem a vizinha do lado leva a ceia!...
Não tens, nem aquele Natal do condenado,
a quem as senhoras levam prendas!...
Tu que és talvez, aquela vizinha que leva a ceia...
Tu que és talvez, aquela senhora que leva as prendas...
Tu que tens tudo...tudo... até na alma a tortura!...
Tu, que nunca realizaste os teus sonhos!...
Tu, que sorris quando o teu coração chora!...
Tu, que gritas silêncios de protesto que ninguém ouve!
Tu, que não acreditas que alguém te compreenda!...
É a ti, minha irmã,
de olhos sem brilho e coração amargurado...
É a ti mulher,
de lábios sorrindo e alma soluçando...
que eu dedico esta poesia de Natal!