Ó! O tédio!...Tantos prantos sem lua, sem que os possa enxugar!... Tantas almas sem virtude, sem ordem para pecar!... E eu nesta triste modorra, corpo esparramado, neste torpor. Sem alma, sem ser amado, sem ânimo, sem viço, tal como me viste... Só espírito, mente dispersa a divagar, peito roliço a arfar. Tédio!... Tenho-lhe horror!... Ruína adversa. Tanto bocejo, este lento espreguiçar... Que sei eu de mim, afinal? Ó assédio, ó tédio que não mereço! Não desejava este mal. Queria canto, voz, hinos, alegria, beber, altar de igreja, missa, louvor a Vós, meu Deus! Queria incenso a queimar, toque de sinos a repicar, rezas ao meu santo favorito, ó céus!... Tudo tão cheio! Tudo tão imenso!...Tudo tão bem, como eu sonhei aqui!... De uma vez por todas, pelo meio, seja por que via for! Nunca mais o tédio!... Ó carpir de pavor!... Nunca senti-lo, nem mesmo a sorrir... Nunca vê-lo sozinho, sempre ao pé de alguém, ao pé de ti, Amor!
Aqui estou eu
querendo escrever-te
e não consigo!...
Quis-me retratar,
afinal, não fui capaz!...
Apaguei tudo
e tudo nada era!...
Eu sou quem sou…
Não me posso descrever!…
Sou boa e má,
isso que importa!?...
Só sei que queria, sim,
era ter-te agora aqui,
olhar para ti, muito calada…
Passando nos teus cabelos,
minha mão que ora está,
de lágrimas molhada!...
Ó! O tédio!...Tantos prantos sem lua, sem que os possa enxugar!... Tantas almas sem virtude, sem ordem para pecar!... E eu nesta triste modorra, corpo esparramado, neste torpor. Sem alma, sem ser amado, sem ânimo, sem viço, tal como me viste... Só espírito, mente dispersa a divagar, peito roliço a arfar. Tédio!... Tenho-lhe horror!... Ruína adversa. Tanto bocejo, este lento espreguiçar... Que sei eu de mim, afinal? Ó assédio, ó tédio que não mereço! Não desejava este mal. Queria canto, voz, hinos, alegria, beber, altar de igreja, missa, louvor a Vós, meu Deus! Queria incenso a queimar, toque de sinos a repicar, rezas ao meu santo favorito, ó céus!... Tudo tão cheio! Tudo tão imenso!...Tudo tão bem, como eu sonhei aqui!... De uma vez por todas, pelo meio, seja por que via for! Nunca mais o tédio!... Ó carpir de pavor!... Nunca senti-lo, nem mesmo a sorrir... Nunca vê-lo sozinho, sempre ao pé de alguém, ao pé de ti, Amor!
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