terça-feira, 11 de janeiro de 2011

TÉDIO

Escrever o quê?...
Dizer o quê?...

Hoje, não tenho nada para escrever…
Hoje, não tenho nada para dizer…
Hoje, só me apetece ficar assim…

Olhos parados olhando o nada,
fixos no tempo… sem tempo…

Solidão?...
Tédio?...

Não sei… e não me importa!...


1 comentário:

  1. Ó! O tédio!...Tantos prantos sem lua, sem que os possa enxugar!... Tantas almas sem virtude, sem ordem para pecar!... E eu nesta triste modorra, corpo esparramado, neste torpor. Sem alma, sem ser amado, sem ânimo, sem viço, tal como me viste... Só espírito, mente dispersa a divagar, peito roliço a arfar. Tédio!... Tenho-lhe horror!... Ruína adversa. Tanto bocejo, este lento espreguiçar... Que sei eu de mim, afinal? Ó assédio, ó tédio que não mereço! Não desejava este mal. Queria canto, voz, hinos, alegria, beber, altar de igreja, missa, louvor a Vós, meu Deus! Queria incenso a queimar, toque de sinos a repicar, rezas ao meu santo favorito, ó céus!... Tudo tão cheio! Tudo tão imenso!...Tudo tão bem, como eu sonhei aqui!... De uma vez por todas, pelo meio, seja por que via for! Nunca mais o tédio!... Ó carpir de pavor!... Nunca senti-lo, nem mesmo a sorrir... Nunca vê-lo sozinho, sempre ao pé de alguém, ao pé de ti, Amor!

    ResponderEliminar