Rasgai meus versos
que eu não sou capaz!...
São pedaços de alma
que o inferno não quis,
tão ardentes eram!...
São sede de amor!
São fome de justiça!
São suspiros roucos,
clamando um olhar!
São horas de tortura
que o meu peito gerou!
Tanta dor… tanta…
que estes filhos loucos me
deram ao nascer!...
Ninguém mata os filhos,
mesmo loucos… loucos!...
Rasgai meus versos
que eu não sou capaz!...
Como no desespero Manuel Maria Barbosa du Bocage, "...rasgai meus versos, crê na Eternidade"!... (cito de memória)
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