… (!!!)… (???) …, esta poesia em mim
e eu sem poder dizê-la!...
Filósofos velhos e novos,
tudo li, nada encontrei.
Vá filósofos avançai…
A ciência está à vossa espera.
Dizei-me afinal,
que é isto em mim … (!!!) … (???) …
Tão belo!… tão sublime!… tão transcendente!…
Que me faz Amar!… Sofrer!… Sonhar!
Que em mim não tem limite…
É simples… puro… existe!…
É concreto nas mãos da alma!…
Mas fica em mim assim… (!!!) … (???) …
Sem palavras…
Vedado a ti filósofo…
Revelado a mim, poeta…
Mas só à alma!...
Somos donos de uma voz e de um pensamento próprios e livres que se exercem à revelia das cartilhas dos filósofos. Voamos em direcção ao futuro de nós mesmos...
ResponderEliminarObrigada pelo comentário. Era precisamente o que esperava…. Seria também o meu se a poesia não fosse minha. Razão tem o GRANDE POETA, Fernando Pessoa no seu heterónimo, Álvaro de Campos, que é aliás o que eu mais aprecio, quando no capítulo b) da sua poesia “A PARTIDA” nos últimos três versos, referindo-se à morte diz: – Por ti não tenho parentes, não tenho nada que me prenda/ a este prodigioso, constante e doentio universo… / Todo o Definitivo deve estar em Ti ou em parte nenhuma.
ResponderEliminarMesmo não me encontrando em Portugal na semana que passa não quero deixar de lhe dirigir uma palavra pela considerção que me merece, e porque é essa a minha obrigação, o meu dever. Fernando Pessoa nunca pediu nada à vida, nem honras, nem glória, nem valores materiais, nem destaque. Falou de si através dos heterónimos que criou....Só Álvaro de Campos, tavirense, lhe "sobreviveu"... Para lhe "dizer" que estava "mais morto do que pensava!..." (Está demonstrado, através da sua multifactada obra poética)... Isto só releva tudo quanto a Gisela cita e cita muito a propósito, e bem. Com a sua (dele) dissociação da identidade, Fernando Pessoa construiu uma obra genial. Sobre a "dissociação da identidade" teríamos muito que falar!... Numa outra oportunidade. "Todo o definitivo" está em cada um de nós... Quem pode, não estar de acordo?!...
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