Na sombra,
é a imagem que eu procuro!...
Na imagem,
é a sombra que me extasia!...
Na distância,
é o mais além que me fascina!...
No fim,
é o princípio impossível que eu quero!...
No amor,
amo o antes e o depois!...
No ódio,
gosto do desejo que o gerou!...
Na mentira,
sinto a verdade que não foi dita!...
Na minha vida,
espero o incógnito!...
Na saudade,
tenho saudades… não sei de quê!...
Um poema-retrato de uma personalidade, que pode ser a da poeta, também. No entanto, vejo-o demasiado sincopado, muito hirto, perdendo talvez o aveludado mavioso do verso, a plastia das palavras, a docilidade que esperava ao lê-lo... Muito sintético, todavia galopante, rápido, corrido, belo, sempre a subir, palavra a palavra, conceito a conceito.
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